Guardas Municipais vão ampliar raio de atuação na capital (Foto: GM Fernandes)
De olho em diminuir a criminalidade, a Guarda Municipal de Campo Grande será descentralizada para fazer ronda nos bairros e nas escolas e reforçar as ações de combate à violência na cidade. A equipe será dividida em sete bases e, até o final deste mês, deverá estar nas ruas. Em janeiro, a Guarda também ganhará o reforço de 22 câmeras móveis de videomonitoramento.
Segundo o comandante da equipe, coronel Jonys Cabrera Lopes, a localização de cinco bases já está definida. O Parque Ayrton Senna irá abrigar a base do Anhanduizinho para fazer a segurança de 12 bairros, como Aero Rancho, Alves Pereira, Jacy, Lajeado e Los Angeles.
A base do Segredo ficará no Parque Tarsila do Amaral e será responsável por percorrer seis bairros, entre eles, Coronel Antonino, Monte Castelo, Nova Lima e Seminário. O Parque do Sóter será o endereço da base do Prosa e cobrirá 11 bairros, como Mata do Jacinto, Carandá, Santa Fé e Autonomista.
O Parque Jacques da Luz irá receber a base do Bandeira para fazer ronda na Moreninha e em mais 11 bairros. O antigo endereço do comando da Guarda Municipal, a antiga rodoviária, abrigará o agrupamento do Centro para ajudar no combate à criminalidade de 13 bairros, como Monte Libano, São Bento, Planalto, São Francisco, Bela Vista e Vila Carvalho.
As bases do Imbirussu e do Lagoa ainda não têm endereço definido. Segundo Lopes, a decisão sairá até o final do ano. Juntas, as bases cobrirão 21 bairros. Indubrasil, Panamá, Nova Campo Grande, Santo Amaro e Santo Antônio, por exemplo, serão responsabilidade da base do Imbirussu. Já a equipe do Lagoa ficará de olho nos bairros Batistão, Caiçara, Caiobá, Taveirópolis, Leblon e outros cinco.
Em cada agrupamento, de acordo com o comandante, serão disponibilizadas duas motocicletas, uma viatura e oito guardas. “Hoje os 1.324 profissionais estão distribuídos em 350 postos de trabalho, como escolas, parques, praças e demais prédios públicos, com as bases, vamos nos aproximar das pessoas”, destacou Lopes.
Nos agrupamentos, os guardas vão fazer rondas nos bairros e nas escolas. “Umas das maiores reclamações da população é o tráfico de drogas nas redondezas dos colégios”, comentou o comandante.
Outro projeto a ser implementado é a Brigada de Incêndio Municipal. “Através de uma parceria com o Ibama e o Corpo de Bombeiros um treinamento será realizado para habilitar os guardas e realizar o primeiro combate”, informou Lopes.
Videomonitoramento - A partir de janeiro, também está prevista a chegada de uma base móvel de videomonitoramento. “O Ministério da Justiça sinalizou com a liberação do recurso, basta habilitar 40 guardas para dar o suporte”, contou o comandante.
Segundo ele, o sistema contará com 22 câmeras móveis, com visão num raio de três quilômetros, dois carros, duas motos e um microônibus. Inicialmente, a previsão é instalar o equipamento em postes na região do Guanandizão. “Quando o índice de criminalidade da região diminuir, vamos para outro lugar”, disse Lopes.
O comandante informou ainda que a Guarda receberá, em 40 dias, 14 viaturas. “A Fiat venceu a licitação para disponibilizar veículos Gran Siena”, revelou. “O empenho para adquirir as 14 motocicletas já foi assinado”, completou.
No entanto, apesar de ampliar a atuação em Campo Grande e reforçar as ações de combate aos crimes, os guardas municipais não vão andar armados. Projeto de lei prevê o armamento da tropa, mas é polêmico. Segundo o comandante, a proposta foi aprovada, mas depende de regulamentação. "Precisamos habilitar os guardas", frisou.
Lei nacional permite que cidades com mais de 500 mil habitantes tenham guardas municipais armados. Atualmente, na Capital, os guardas já combatem as ações de vandalismo, como prender os pichadores que sujam prédios e espaços particulares e públicos.